segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

VERNIZ DO AMOR


Menina, moleca, mulher. Menina vestida de vida com os olhos brilhantes, sabe o que quer.
Moleca, mulher, menina. Moleca distraída com a vida ilumina o caminho e este me alucina.
Mulher, menina, moleca. Sua destreza me liberta, meu suor sua pele refresca.
Você está tão bem. Descreveria suas palavras como sendo as mais ternas que já ouvi. Faço da sua centelha o alimento da fogueira que incendiou cada centímetro, conhecido ou não, da minha razão. Como nunca percebi isso antes?
Nada falei e não pensei em nada. Tive medo porque sabia que um amor imenso iria me envolver naquele café. Fui longe, corri depressa e despreocupado me lancei à sorte que muitas vezes não me quer.
Suas palavras hoje estão soltas e o mundo conhece a calma sorte do seu caminhar. Descreve em cada sentido uma experiência vivida sob o peso das noites que chorou sem parar.
As lágrimas secaram. O peito já doeu demais, e chegou o momento da colheita dos novos frutos em antigos parreirais.
Escoa o vinho pelas taças da lembrança, cativa em cada momento solto uma nova gota de mel, e nos sonhos de uma criança solta, lembra que o doce pode sim ser comparado com um pedaço do céu.
Garota misteriosa, menina escondida sob um sorriso bom de saborear. Lábios ocultos atrás de uma boca que treme diante da nova sensação. Poderia descrever seus hábitos, prever suas reações e ganhar seus braços. Poderia ser vidente do amor. Poderia ser a temperatura elevada do ferro em brasa e a criança marcada com suas iniciais.
Menina que torna sábias as palavras ditas ao vento. Menina que sabe quando ganhar um elogio, e se curva diante da tensão que as palavras rudes podem lhe causar.
Exijo do tempo piedade. Exijo dos dias austeridade e aguardo a nova espera que trará consigo a promessa de uma nova era. Geleiras derretidas sob um olhar.

2 comentários:

Unknown disse...

"Descreve em cada sentido uma experiência vivida sob o peso das noites que chorou sem parar.
As lágrimas secaram. O peito já doeu demais, e chegou o momento da colheita dos novos frutos em antigos parreirais."

"Menina que torna sábias as palavras ditas ao vento. Menina que sabe quando ganhar um elogio, e se curva diante da tensão que as palavras rudes podem lhe causar."

Não sei pq no momento em que escreveu essas palavras conseguiram te ganhar e ganhar espaço nesse seu texto. Entendi duas coisas: o início me fez recordar de uma música. Por segundo eu entendi que não entendi algumas partes :S hihi
Beijos

Unknown disse...

Frase por frase demonstrada pelo afeto existente entre dois seres.
Quando alguém se aproxima e demonstra o que não tinha ficado explicito e de maneira coerente para o outro, o que era estranho se transforma em apenas sorriso. Não qualquer sorriso, aquele de gratificação, de se sentir realizada. Ação de conforto e proteção nas suas ideias que foram postadas ou mesmo na história real, que no final de tudo significa os mesmo itens só que de maneiras diferentes de serem entendidas.
Talvez ou com toda certeza a minha inspiração seja a mesma que a tua, eu ou você, você ou eu. Um só! Caaail