domingo, 22 de junho de 2008

SEM RODEIOS, SEREI DIRETO. (se puder, repasse)

Até onde a maldade humana é capaz de chegar para satisfazer os próprios instintos? Até onde o desejo humano de provar sua "superioridade" pode levar aqueles que julgam estar num estágio mais avançado em relação ao outros animais? Não pude deixar de ficar indignado ao ler o artigo no blog do meu irmão Sóstenez (sostenezalexandre.blogspot.com), falando sobre a questão dos rodeios. O vídeo colocado é no mínimo assustador. Fiquei sensibilizado diante das cenas de violência e maldade para com os animais, e admirei muito a forma como meu amigo e irmão se posicionou diante do assunto.
Na verdade animais, são os pseudohomens que tomam tais atitudes com animais que eles chamam de irracionais. O que querem provar ao montar em um boi ou cavalo? Querem mostrar sua capacidade de dominação? Querem provar que verdadeiramente podem prevalecer sobre outros machos de espécies diferentes? Será que seria difícil demais usar a intelectualidade para comprovar sua diferença? Ah, esqueci, talvez essa intelectualidade seja uma das coisas que lhes falta. Já pensaram em montar em suas mães e irmãs? Talvez montar em seus irmãos ou namoradas? Parece estranho né? Mas pelo menos estariam usando alguém de sua espécie. No chamado mundo animal, nenhum ser vivo usa o outro como meio de diversão coletiva. A caça, a luta pela sobrevivência, o instinto de defesa acontecem por uma questão de manutenção da vida, mas não para fazer surtir emoções ou algum sentimento de superioridade.
Voltamos as arenas romanas, aos circos dos horrores. A diferença hoje é que não temos apenas gladiadores, mas homens aneuromiários buscando satisfazer seu ego e sua idéia de serem realmente machos. Que coisa absurda! Os peões são na verdade marionetes dos criadores. Servem para agradar um público tão ignorante quanto, que se diverte diante do sofrimento do animal (e eu digo do boi ou cavalo, e não do animal que monta).
Outro episódio terrível é em Pamplona na Espanha, na farra do boi. Eu sempre torço pelos touros, gosto de ver quando um homo sapiens sapiens é pisoteado. E não demonstro aqui um sentimento desumano, apenas uma satisfação inversa à ordem normal. Afinal, sentir prazer em ver animais servindo aos nossos interesses de riso e "adrenalina" é permitido? Por favor! Com tantas outras maneiras para extrapolar nossas energias (sexo seria uma boa opção) escolhemos justamente a que causa dor e sofrimento a outros seres vivos. Bem que num sonho coletivo poderíamos imaginar nossa espécie numa situação de submissão. Onde humanos puxariam carroças, seriam açoitados, serviriam como centro de espetáculos, enquanto cavalos, bois, e outros animais tentariam a todo custo explicar que nós não sentimos dor. Quem pensa é direto e não faz rodeios!

LIBERA GERAL! (se puder, repasse)

Será que ainda há solução? Esta pergunta deve ser feita todos os dias, por milhões, senão bilhões de pessoas do mundo inteiro, e talvez do universo, caso exista vida inteligente em outra parte do cosmos (o que particularmente acho provável). Será que existe solução para o planeta, para a violência, para o ser humano, para a poluição, para a desigualde, para a ignorância, para a estupidez, para a insensatez, para as lágrimas, para a dor, enfim, A SOLUÇÃO é o que constantemente procuramos. Sinceramente não gostaria de encontrar a resposta para todas estas indagações, assim pelo menos permaneço em minha dúvida, mas com um possibilidade de esperança. Já pensaram se a resposta for uma negativa? Já pensaram se o fim, certo e sorrateiro, for justamente o cáos completo para o qual estamos caminhando? Realmente essa idéia me causa um certo horror, e até uma repulsa. Tantos anos de evolução, de construção de uma sociedade, de desenvolvimento intelectual e racional, para vermos tudo afundar num emaranhado de egos, desejos e luta pela sobrevivência de uns sobre os outros!
As vezes alguns textos aqui postos parecem meio fatalistas, e demonstram que eu não acredito no ser humano. Na verdade eu não acredito em milagres, eu não acredito em mágica, e as mudanças estão muito mais neste sentido, do que numa avaliação real das coisas. Os textos não expressam necessariamente minha opinião sobre o mundo, mas minha constatação. Constato que o ser humano é egoísta, constato que o ser humano é fatalista, constato que o ser humano está num caminho praticamente sem volta. Não gostaria de compartilhar desta idéia, mas o que posso fazer se ao observador mais atento é assim que as coisas se apresentam? Devemos procurar entender a sociedade como dissecadores de doutrinas e ações, (e não pensadores messiânicos almejando mudanças sobrenaturais), e assim entenderemos que por mais que nossa vontade caminhe em sentido oposto, nossas atitudes nos levam para uma grande incógnita.
Não somos mais duas almas perdidas nesse vôo, somos sim um coletivo de histórias vivendo algo novo a cada despertar. Se estamos realmente nessa ilha, isolados e perdidos, para quem estendo minha mão? Estou perdido! Caramba, só falta me avisarem que mataram meus super heróis!

sábado, 21 de junho de 2008

A LEI MORTA (se puder, repasse)

As leis existem isso é um fato indiscutível. A questão que se discute é sobre a validade dessas leis e a forma como elas são criadas e aprovadas. Quando tentamos rememorar a origem desse processo chegamos a Grécia Antiga, para ser específico ao período clássico, em torno do ano 510 a.C., com o legislador Clístenes e a implantação da democracia. Mas a Grécia nunca foi um símbolo de igualdade, é só observarmos a questão do escravo e da mulher na sociedade anteniense. Mas mesmo assim estipulamos os gregos como referencial.
O direito do voto nos permite a escolha de nossos representantes numa Assembléia que chamamos de Legislativa. Nossos representantes possuem o aval quase total para construir as leis e colocá-las em funcionamento. O interessante porém é percebermos que esses mesmos representantes estão constantemente associados a crimes eleitorais, ou esquemas de corrupção e caixa 2. Como posso me sentir representado diante de tais ações ilícitas por parte de meus "representantes"? (que isso não pareça redundante). Onde habita a legitimidade da lei? Como pode alguém que não tem o senso do certo e errado, ou não opta pelo tal, escolher e definir aquilo que toda uma nação deve ou não seguir?
A lei é feita pela classe que está no poder, e para privilegiar a classe que está no poder. É uma ilusão infantil acreditar que o bem comum é levado em consideração. Mas voltando ao exemplo dos gregos, visar o bem coletivo é algo que nunca foi a proposta dos helenos. Eles visavam o bem dos cidadãos, até porque todos aqueles que não participassem de tal grupo estavam praticamente excluídos de qualquer análise ou preocupação por parte dos governantes. O problema todo está no século XVIII d.C., onde aprendemos a reclamar os direitos de igualdade, liberdade e fraternidade, acreditando que tais lemas deveriam ser aplicados a sociedade como um todo (quando na verdade a burguesia queria apenas refletir um ideal de classe).
Em nenhuma hipótese a situação seria diferente! Pode ser nos planos, mas quando a idéia toma forma, percebemos que realmente quem tem o poder de governar, o faz para si e para os seus idênticos, semelhantes, iguais. Quando os proles assumem o poder governam para seu grupo, quando a burguesia assume o poder, governa para seu grupo. Então o que temos a fazer, não é tentar mudar as leis, mas conquistar um espaço que nos permita criá-las e desse maneira direcioná-las para nosso bem exclusivo, e se nos perguntarem sobre o restante das pessoas, perguntaremos: Que restante???

CADA SER HUMANO É UMA ESTRELA (se puder, repasse)

O individualismo, tenha sido talvez, uma das características mais marcantes do movimento renascentista. Na verdade todas as características que o renascimento apresentou foram marcantes para fazer a sociedade refletir valores e idéias abandonadas, ou esquecidas em detrimento da fé e da razão medievais. O coletivismo medieval impregnou a sociedade com falsas idéias e concepções aplicadas sobre tudo aquilo que se podia imaginar. Coube dessa maneira, aos filósofos da renascença uma nova impressão de suposições.
No presente, podemos afirmar que a sociedade está dividida entre conceitos que atravessaram séculos sofrendo mutações e contribuições. É só recordar, que após o renascimento tivemos a reforma protestante, o movimento iluminista, Revolução Francesa, Revolução Industrial e as teorias socias como o Marxismo. Todas essas idéias nos fizeram abandonar alguns principios clássicos (me refiro ao classicismo greco-romano).
Vigora em nossos dias a moda das idéias coletivas. Dos projetos que reclamam o interesse mútuo. Mas a verdade é que o ser humano apresenta em si, apenas em si único ser, um universo imenso de opiniões, crenças e possibilidades. Tudo o que concebemos como mundo, deus, crença, fé, só existirão enquanto eu, como ser existir. Aliás, todas as formas de sentimento que estão dentro de uma idéia de subjetividade existem apenas comigo. Não há como exetriorizar algo subjetivo, as verdades sentimentais apenas serão verdades para nós. Não podemos provar um sentimento, podemos dar demonstrações do mesmo, mas prová-lo em grau, em essência, está por hora distante de nossas possibilidades. A partir do momento que eu deixar de existir racionalmente, todo o meu mundo também deixará. Quando eu morrer meu universo morrerá, meus amores morrerão, meu deus morrerá, minha fé morrerá, minhas convicções morrerão. Não poderemos sustentar o emaranhado de criações que fizemos. Nossa visão de mundo e nossas opiniões estão relacionadas com nossa carga cultural, pois bem, essa carga cultural particular também deixará de existir um dia. Não cabe a nós tentarmos resolver aquilo que não está em nós. Devemos nos preocupar com nosso fantástico mundo de Bob. "Se você acha o que eu digo fascista, mista, simplista ou anti-socialista, eu admito você tá na pista, eu sou ista, eu sou ego, eu sou ista, eu sou egoísta". E quero ver quem não é!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

FUTURO, ONDE? (se puder, repasse)

Talvez o maior equívoco da humanidade tenha sido acreditar que podemos controlar o tempo. Tentamos dividi-lo em passado, presente e futuro e passamos inúmeros momentos sonhando com o que seremos, ou o que faremos, planejando a nossa vida nos mais detalhados termos. E o que isso acaba nos trazendo? O não proveito do agora. Tentar adiantar o que se dará em nossa existência é uma ignorância completa, ignorantes também são as idéias fatalistas, futuristas ou escatológicas. Os verdadeiros profetas foram aqueles que fizeram o hoje acontecer, e não pensaram num futuro distante. Se não podemos adiantar sequer um segundo de nossas vidas, então porque perdemos tempo avançado para além de onde nossos olhos podem ver?
Podemos ser vítimas do instante próximo e absolutamente nada nos dá a garantia do porvir. Ninguém pode lhe dar a certeza de que você terminára a leitura deste texto, ou se terminarei de escrevê-lo. Não conseguimos controlar o futuro, mas podemos comprometer o presente pensando no futuro.
Isso é errado, por isso não farei, do contrário não poderei herdar o céu, não comemos isso hoje porque podemos estar com colesterol amanhã, não falamos isso hoje porque podem ter uma má impressão de nós. E assim vamos sofrendo por antecipação e morrendo por antecipação. A vida é uma confusão incerta que não sabemos quanto durará. Trabalhemos com a hipótese sobre o que aconteceria se todos vivessem despreocupados com o amanhã? Com toda a certeza não iríamos nos conter. Faríamos as coisas de maneira imediata, e nos tornaríamos perigosos e inimigos da ordem. Mas viveríamos, e isso é fato. Viveríamos nossos momentos únicos, sentiríamos o perfume de cada flor, veríamos o brilho de cada estrela, valorizaríamos cada instante, justamente por não saber se ele não seria o último. A vida teria um sabor diferente, experimentariamos intensamente cada sensação oferecida, cada momento ofertado.
Passamos revivendo o passado, esperando o futuro e nos esquecendo do agora, que é a única coisa realmente existente. O passado nos pune e o futuro nos condena, e nós como peças de um tabuleiro/picadeiro para os deuses, somos a estrela morta de um céu em expansão. E quando nos damos conta do que está se passando, simplesmente passou e o presente torna-se aquilo que acabamos de perder por nos culparmos pelo passado e planejarmos demais o futuro.

sábado, 14 de junho de 2008

MUITO PRAZER, SOU SER HUMANO ( se puder, repasse)

"O prazer é uma canção de liberdade, / Mas não é a liberdade / É o florescer dos vossos desejos Mas não é o seu fruto / É uma profundeza que atinge uma altura, / Mas não é o profundo nem o alto / É o que está na gaiola que alça seu vôo / Mas não é o espaço contido.” (Khalil Gibran)
O que é a vida senão uma busca intensa por momentos de felicidade e de gozo? Nossos desejos, sejam quais forem, tendem em sua grande maioria, a ser uma procura louca por um sentimento de bem estar. Mas ao longo do tempo qualificamos esse bem estar na idéia dicotômica do certo e errado. As esferas de poder contribuíram definitivamente para tal transformação. Foram elas as responsáveis por dizer o que era lícito ou não. E assim fomos criando ao longo dos anos as punições para o que sentimos.
O prazer traz a felicidade, e a felicidade traz a sensação de liberdade, de podermos tudo, de sermos o máximo! Isso torna o homem perigoso. Um ser independente, dificilmente se deixa dominar de maneira fácil. Se nos tornamos independentes em caráter, em moral, em encontrar a felicidade, não permitiremos que as esferas dogmáticas atuem sobre nós, então seremos o que nenhuma instituição de poder gostaria que fôssemos: auto-suficientes. Isso seria gravíssimo, pois precisamos ser alienados às verdades que nos transmitiram como sendo imutáveis, mesmo que ela seja apenas um ponto conveniente e que melhor enquadra o desejo de nos tornar servos a serviço de uma máquina de dominação! Afinal, o homem entrou em pecado quando passou a desejar conhecer o bem e o mal. Que coisa mais ridícula! Punir o ser humano pelo fato dele sentir coisas que não estejam necessariamente ligadas ao prazer religioso e a moral religiosa. Para muitas instituições a verdadeira felicidade somente será encontrada quando o homem encontrar-se com a divindade. Pois essa divindade habita dentro da capacidade de cada um de viver e buscar a vida. Quando transferimos a alguém o direito de nos defender ou de nos conceder algo, estamos automaticamente negando a nós a possibilidade de fazê-lo. Assim, se tudo esperamos, nada buscaremos. Isso torna o homem de fato uma figura mínima diante das coisas. Colocamos o peso e a essência do universo em figuras abstratas para as quais passamos a devotar nossa experiência de vida. Essas figuras passam a ser explicadas e defendidas por uma tentativa de religar o homem ao cosmos, daí a palavra religião. As instituições religiosas muitas vezes servem como um instrumentos de limitação, de controle e de orientação de conduta. Transformam-nos em cordeiros num mundo habitado por lobos.
Nessa selva de animais, prefiro ser o caçador, mesmo que condenado por meus crimes, e marcado pelos meus anos de exageros.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

MANIFESTO DA LIBERDADE I (se puder, repasse)

A sociedade deve se purificar do falso moralismo, deve valorizar a essência pura de cada um. Descartar o apego a coisas instáveis e mutáveis. Deve converter-se para uma sociedade de respeito, de confiança e de força. A força está no conhecimento, a liberdade está no conhecimento, e a felicidade está em sermos livres. Mas ninguém conseguirá entender o mundo e as coisas do mundo se doravante não procurar conhecer a si. Somos uma resposta exata, somos o resultado da fusão de corpos que permitiram que a mais fantástica realização acontecesse: A nossa vida.
Viver sob a vontade e permitir que os dias sejam únicos. Não privar o hoje em favor do amanhã, e não chorar hoje pelo que foi feito ontem.
Libertem-se das correntes do preconceito, libertem-se das correntes da ignorância, e busquem em cada simples passar de tempo a razão máxima pela vida. Pergunte a um cego o valor da visão, a um paraplégico o valor do caminhar, a um surdo o valor de ouvir, a um mudo o gosto por falar, e verás que existem belezas que vão além da própria beleza.
Não há regras para vida! Não há regras para viver, cada um construa suas próprias, desde que seja sob a própria vontade. Cada ser é único, e nessa unicidade devemos procurar entender que não há mal em querer, em buscar, em alcançar. Que cada ser respeite seu semelhante, e numa reciprocidade infinita busquem a igualdade para a vida.
Não julgueis aparências, elas são passageiras. As roupas tornam-se fiapos, o dinheiro torna-se migalha, os jantares se consomem, os tênis gastam a sola, as várias cores tornam o mundo mais belo, o amor não se escolhe.
Voe aos mais altos céus, e saberás que sempre poderá voar mais alto. Você é um pássaro livre e deves mostrar que é! Devemos mostrar que somos livres para voar, quem sabe “pegar carona nessa calda de cometa, ver a via Láctea, estrada tão bonita. Brincar de esconde-esconde numa nebulosa, voltar pra casa num lindo balão azul”.

MANIFESTO DA LIBERDADE II (se puder repasse)

Todos os homens e todas as mulheres nasceram para viver. De alguns essa possibilidade é retirada de maneira precoce, mas todos os que conseguem vencer os primeiros momentos dessa existência, devem saber que nasceram para buscar intensamente as perguntas que nortearão suas vidas. E devem estar cônscios de que a função do animal homem não é outra senão buscar a felicidade. Empregar todas as forças nessa busca e assim direcionar todas as suas vontades. Vontade sob Liberdade!
Somos seres curiosos. Desconhecemos nossas capacidades, e deveríamos explorar com mais afinco os cantos obscuros de nossa alma. Refletir é aprender sobre si mesmo. É como traçar um plano de auto-conhecimento de busca pelo impossível. Impossível, pensando melhor é ser levado a pensar que algo irrealizável existe. O homem que já rompeu as mais longínquas barreiras, continua expandindo sua força e sua energia. Nessa expansão, rumamos sem saber, para um momento onde alcançaremos um raciocínio pleno. Tudo está sob nossas mãos. As escolhas que fazemos, os momentos que passamos, o caminho que seguimos, estão simplesmente guardados, e podemos usa-los quando e como quisermos.
A esfera da vida é algo de supremo valor, e ninguém, absolutamente ninguém tem o direito de interferir nessa esfera. Como uma reação de valores em cadeia, o atentado contra a vida deveria ser punido com a morte.
Chegará o dia que a consciência plena será tomada e obtida, e ninguém mais irá interferir na vida alheia. Cada um viva de acordo com as próprias vontades, com os próprios desejos, com as próprias virtudes.

DESCUMPRINDO PARA CUMPRIR (se puder, repasse)

Acho interessante a moral ocidental. Somos frutas podres com aparência de apetitosas. Valorizamos o terno e belos sapatos num país onde os maiores escândalos são cometidos justamente por pessoas que portam tal vestimenta. É como se precisássemos lutar contra o próprio instinto. Quantos gostariam de extravasar, gritar, correr, berrar por liberdade, mas se sentem inibidos pelo modo que estão cercados!
Devíamos professar o livre pensamento, o livre poder, o livre fazer. Cada um deveria ser ensinado apenas a medir a extensão da própria atitude, e assim procurar conduzir seus atos. Falsos valores e falsos amores estão presentes em nossas vidas. Valores de aparência, valores de formação.
Um exemplo típico a ser usado é o do chamado “palavrão”. Os mais velhos acham absurdo ouvir o palavreado da juventude. Claro que perdemos um pouco da beleza da conversa e da comunicação, mas a repressão sempre existe quando soltamos uma palavra considerada de baixo calão. Hipocrisia! Que mal haveria em palavras proferidas, desde que a importância dada a elas não existisse? Atribuímos tanto valor a norma culta, que quando ouvimos algo diferente achamos que nossos ouvidos são agredidos! Pura invenção social. Caeci sunt oculi, si animus alias res agit (os olhos são cegos e o espírito se ocupa de outras coisas). É uma verdade imaginar que todos, quando caminham por uma rua, e sem perceber acabam dando uma topada numa pedra, gritam ou pelo menos pensam: Filha-da-puta!. Ninguém irá soltar uma expressão tipo: Ai, choquei meu pé contra esse objeto sólido, e a dor provocada foi imensa! Somos impulsivos, e nosso instinto quer dar a dimensão da dor de uma maneira que fique fácil compreender como aquilo nos feriu. Não quero com isso afirmar que devemos desenfrear nossa boca e soltar as palavras conforme elas surgirem. Isso é um ímpeto perigoso. Mas quero contestar os valores superficiais que nutrem o espírito da sociedade e alertar para o fato de que existem coisas mais importantes para direcionar os nossos olhos. Aquila non captat (ou capit) muscas (a águia não cata (ou pega) moscas. Existem pratos mais apetitosos e coisas mais importantes.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

FALTA CULTURA PRA CUSPIR NA ESTRUTURA (se puder, repasse)

Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Interessante como mesmo depois de 2 mil anos esta frase continua pertinente. Se foi ou não dita pelo jovem da Galiléia,não vem ao caso. A questão é que sua relevância é fabulosa, e ela não deveria nunca ter entrado em desuso.
Na prática a frase acima não tem funcionado muito bem. Quando a escuto, gosto de trocar um pouco seus termos, e pensa-la dessa maneira: E tereis conhecimento, e o conhecimento vos libertará. O conhecimento e a sede pelo mesmo, são as únicas coisas capazes de abrir nossos olhos, de romper os grilhões da opressão. A verdadeira liberdade consiste em reconhecermos quem realmente somos. A liberdade está no pleno direito de contrariar aquilo que aprendemos, mas precisamos primeiramente aprender.
Ao longo de nossa jornada pensamos que os inimigos são os sistemas políticos, as classes sociais, os homens, julgamos que nossos algozes são figuras materializadas numa forma física, quando na verdade é a ignorância o maior defeito que podemos possuir. O homem se diferencia dos outros animais, justamente pelo fato de saber que sabe (Homo sapiens sapiens). Mas saber QUE somos de nada adiantará se não soubermos QUEM somos. Antes de contestarmos a existência e a essência do ser, precisamos conhecê-la, aprofundar nossos conhecimentos naquilo que queremos atacar. Para que nossas frases não percam o sentido, para continuarmos palpitando como verdade real precisamos conhecer, aprender e expandir nosso universo real de possibilidades.
A quietude que hoje se observa diante de tantas catástrofes nas mais variadas formas, se deve ao fato de que criamos uma sociedade muda, surda, cega e alheia a tudo que se passa ao redor. A produção cultural, artística, musical, tem estado distante dos objetivos reflexivos e contestatórios. Não prego uma revolução em forma de baderna, mas uma revolução intelectual, uma revolução onde a arma principal seja a informação, onde o campo de batalha seja a cabeça aberta para novas indéias e o inimigo, todo o foco de ignorância que permanece calado diante do mundo que passa. Que as letras transmitidas se tornem verdadeiras sinfonias em ação plena diante do espetáculo que se desenrola. Mas não se pode cair no senso comum de reclamar por reclamar, discordar por discordar, aí caímos num erro ignóbil. Temos que conhecer, aprender, estudar as entranhas de nossa sociedade, só então estaremos aptos a contestar. Só podemos repudiar aquilo que conhecemos, aquilo que experimentamos, do contrário permaneceremos presos em teses e hipóteses que servem apenas para virar assunto numa mesa de bar.

terça-feira, 10 de junho de 2008

OS BANDEIRANTES FALHARAM (se puder, repasse)

Vários movimentos paralelos hoje, contestam o poder central do Estado. Quando Max Weber afirmou que o Estado deve manter o monopólio legítimo da força, com toda certeza estava idealizando um sistema em que não houvesse a necessidade de temor por parte da população civil, pois a mesma teria a certeza de estar muito bem representada. Mas infelizmente isso não está acontecendo no Brasil. Somos testemunhas oculares de diversos movimentos que se desenvolvem às margens de nossas críticas e tentativas de consolidar um Estado de direito. Um grande exemplo é o MST, movimento que está completamente distante dos objetivos ditos principais, mas que não é nosso foco neste texto. Outro exemplo nítido e presente é a questão indigenista. Quem não ficou pasmo ao ver a cena na qual o engenheiro (trabalhando) foi agredido por um bando de pseudoguerreiros? Ontem, quando o Professor Panda e eu nos deslocávamos para Guarapuava, fomos informados pelo posto do pedágio que os índios haviam interditado a via. O trabalho era necessário, o deslocamento também, resultado, usamos um desvio que aumentou em praticamente 200 km nossa viagem, que no final totalizou 450 Km. Chegamos cansados, em hora já avançada, e estávamos cônscios de que hoje deveríamos trabalhar.
Mas qual foi o motivo do desvio? Foi, porque um bando de anueromiários que em nada contribui para o desenvolvimento de nosso país resolveu protestar. Quem eles pensam que são para atrapalhar o fluxo de veículos que através de seu esforço ajuda a desenvolver a economia desse país? E agora os antropólogos e indigenistas que pretendem defendê-los que me perdoem, mas essas tribos, etnias, ou seja lá o que forem, estão no percurso inverso da história. Viva Darwin e a seleção natural. Os mais aptos sobrevivem. Nós na verdade permitimos e tentamos o convívio pacífico, algo que nem deveria acontecer. Em última análise, se nós destruimos e invadimos suas terras, enquanto homens brancos, os índios nos pertencem como espólio de guerra, mas não exercemos esse direito de propriedade, até porque o direito civil não permitiria, mas eles então, que fiquem reclusos às propriedades que destinamos, e não queiram atrapalhar o processo desenvolvimentista.
Podem me chamar de ignorante, reacionário, desinformado, não me importo, não são as convicções de um mundo "humanitário" quer farão minha opinião mudar. E antes de defender algum povo ou etnia, os profissionais do setor deveriam deixar os acampamentos onde passaram a noite e tentar observar a realiade a luz do dia.
Quanto a mim, permaneço aqui com minha frustração pelo fato de que os Bandeirantes não terminaram o serviço que começaram. Teria sido melhor! E como teria!

domingo, 8 de junho de 2008

ENLATADOS (se puder, repasse)

Apertado como uma sardinha enlatada! Este dito popular bem que poderia ganhar uma conotação profética levando em consideração os dias contemporâneos. As músicas duram em média 3 minutos, os filmes mais ou menos 1 hora e meia, os programas de televisão mantém um modelo básico de 45 minutos, as propagandas em média 30 segundos, seguindo sistematicamente uma versão que já dura alguns anos. Tudo isso para que se enquadrem no modelo disposto pelos meios de comunicação. A versatilidade e a agilidade na hora de transmitir idéias, contribuiram para deixá-las menos criativas, ou talvez menos "intelectualizadas". É como se o artista ou escritor tivesse a necessidade de criar, mas num tempo limitado, deixar o pensamento voar dentro de uma proposta curta de minutos. Clássicos da música como Starway to Heaven, Faroeste Caboclo ou Metal Contra as Nuvens, poucas vezes tiveram suas versões originais tocadas na íntegra, e hoje músicas com uma minutagem além da estabelecida são descartadas e nem chegam a ocupar uma faixa do cd. O pior de tudo isso é saber que além dos minutos impostos, temos também as idéias, conceitos, opiniões que diariamente são apresentadas de forma sistemática, e com o processar constante acabamos fixando as ditas novas verdades.
Mas reclamar disso é realmente inútil, faço apenas uma constatação nostálgica de um tempo que não existiu e que nunca existirá. A idéia da arte pela arte, do pensamento pelo pensar, acho que ser perderam ou apenas foram alguma vez, motivos de algum conto ou obra literária. Talvez aqueles que pensam que tudo isso poderia ser diferente, estão num mundo paralelo de esperanças e expectativas, e as usam para acreditar que talvez um dia tudo mude. Só espero que a mudança também não venha enlatada numa caixa de ações salvadoras.

PARA TROUXAS I (se puder, repasse)


Companheiro, camarada vamos trabalhar?
__Trabalho só serve ao patrão o negócio é protestar.
Companheiro, camarada vamos buscar civilidade?
__ Limpar o nome para quê? Vou atrás da imunidade.
Companheiro, camarada vamos ali comprar?
__ Quem compra terra é burguês eu vou é ocupar.
Companheiro camarada o senhor ficou louco!
__ Que nada meu amigo, foram os gritos que me deixaram rouco.
Mas a terra não lhe pertence ela é de um amigo meu!
__ Roubarei dele as posses como o fogo e Prometeu.
Deixe de absurdo a vida não é assim.
___ Trabalhe então você e traga um dinheirinho para mim.
Por que o senhor quer roubar aquilo que não é seu?
__ Para provar a todos que a sanidade se perdeu.
Companheiro, camarada, acho que nossa conversa se encerra,
__ Que bom já está na hora de eu partir com os sem terra,
Para onde os senhores vão, arautos do absurdo?
__ Mostrar para todos que só se consegue alguma coisa sendo barbudo.
E o estudo, a razão, a decência, o trabalho honesto?
__ Desculpe, mas ficaram perdidos junto com as bandeiras vermelhas de um protesto.

PARA TROUXAS II (se puder, repasse)

P
PÔ!
POR?
PORCARIA!
PORCA, RIA QUE SEUS DENTES SÃO ULTRAJANTES.
MUITOS SE PERDERAM NA LAVAGEM DE COMIDA,
NA SUA LAVAGEM DE MOEDAS!
SORRIA PORCA!
PARA AQUELES QUE SUSTENTAM SEUS PRANTOS SALGADOS,
E PARA AQUELES QUE NAVEGAM NOS CRUZEIROS REAIS
QUE VOCÊ AJUDOU A ROUBAR!
SORRIA PORCA! MAS SAIBA QUE AGUARDAMOS SEU PERNIL.
E QUANDO NÃO FORMOS MAIS BANGUELAS,
SABERÁS ONDE É SEU FIM.
P
PÔ!
POR?
PORCA!
PORCA POLÍTICA!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

TEMA DE REDAÇÃO DA UEPG 2005

O texto abaixo foi tema da prova de redação do vestibular da UEPG de 2005. Na época eu era colunista do jornal Impacto Acadêmico, e ver um texto de minha autoria como tema de um vestibular conceituado foi motivo de extrema alegria.
"Todos fazemos parte de uma história. Queiramos ou não, deixaremos algo e levaremos algo de nossa existência, e a essa conclusão já chegou, antes de mim, Antoine de Saint-Exupéry. (...) Não somos películas transparentes ao passarmos por aqui. Somos uma folha em que serão impressas as dores, desejos, sentimentos, satisfações e fatos ocorridos no mundo. (...) Uma coisa é verdade, cada indivíduo constrói a história e partilha do processo histórico ..."

NEM ESQUERDA NEM DIREITA. (se puder repasse)


Onde estavam os esquerdinhas quando Stálin matava?
Para onde foram os esquerdinhas quando Fidel gritava:
Pátria ou muerte, viva la revolución?
Talvez estivessem no restaurante do partido, comendo filé
Enquanto alguns poucos desconhecidos lutavam pelo Tibet.

No Vietnã lucraram com a morte de milhões.
O estúpido soviético e o camarada Mao se desentenderam,
Mas não leve a mal. Por questões ideológicas largaram suas mãos.
E nossos amigos do Láos não sabiam para onde correr,
Por brigas internas estúpidas os comunistas os deixaram perecer.

Há dois mil e poucos anos, se diz que aconteceu uma perseguição
Romanos estúpidos e mal informados, acabaram com o barbudo errado.
Jesus, o tal da Galileia foi espancado até a exaustão.
Mas era Marx o camarada blindado que merecia a crucificação.

A esquerdinha protesta, a esquerdinha reclama e não pára de gritar,
Já pensaram por acaso seus vermelhos, em deixar a cama para trabalhar?
Esse discurso proletário, sempre cai meio indigesto,
Nem de esquerda nem de direta, posso dizer que sou ambidestro.

O QUE É ISSO ORTEGA??? (se puder repasse)

" Eu quero expressar minhas condolências e minha solidariedade às Farc e à família do comandante Marulanda. Ele era um homem humilde, e me sinto honrado de ter-lhe dado em nome de nosso povo, a ordem "Sandino". Manuel Marulanda Vélez, um valente, um lutador" (Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, em discurso de encerramento do Foro de São Paulo)
A frase acima sem dúvida, causa um certo estarrecimento ao leitor. Uma homenagem ao líder falecido do mais antigo movimento guerrilheiro ainda em atividade na América do Sul. Os movimentos guerrilheiros foram uma constante durante os anos 50, 60 e 70 do século XX. A América Latina era palco de diversos regimes ditatoriais. Esses regimes eram um reflexo da Guerra Fria travada entre Estados Unidos e União Soviética por mais ou menos 45 anos.
As ditaduras militares desrespeitaram em muitos aspectos os direitos civis e atuaram com uma determinação baseada na força de coerção. Neste contexto até podemos compreender (mas não necessariamente aceitar) a atuação dos movimentos guerrilheiros: somente a força pode derrubar um regime posto pela força. Entretano considero, no mínimo uma ignorância, a idéia de um movimento guerrilheiro nos Estados democráticos da atualidade. Isso se dá pela frustração de grupos que graças as suas propostas incoerentes estão afastados do poder, mas não reconhecem o supremo direito exercido através do voto e a eleição de grupos políticos legalmente postos como representantes do povo. Sem contar que a exaltação feita a Marulanda está muito mais para uma exaltação a um chefe do crime organizado (o que de fato era), do que a um líder guerrilheiro. A "esquerda" ao defender as Farc como um movimento que luta pelo povo, dá provas reais de que o fim da União Soviética foi de tamanho impacto sobre sua ideologia, que deixou muitos militantes num estado avançado de loucura, para não dizer burrice.
É notória a atuação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia em ações escusas, como o sequestro de Ingrid Bittencourt, ataques terroristas e ações com o narcotráfico.
Acredito que Daniel Ortega deveria prestar homenagens aos familiares das pessoas mortas por esse movimento, deveria prestar homenagens as pessoas que são coagidas por esse grupo pseudorevolucionário, e não a um comandante que já vai tarde. Espero que as Farc em conjunto possam ir ao encontro de seu antigo chefe, e deixem de uma vez por todas o exercício da democracia acontecer de maneira natural na Colômbia e em todo e qualquer país.
Aqui Jaz Manuel Marulanda para alegria da América Latina e do MUNDO.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DA SOCIEDADE (se puder repasse)

Torna-se impossível não citar o clássico de Kundera, alterando SER por SOCIEDADE quando nos deparamos com a situação real e presente de nossas relações políticas. Estamos como expectadores numa estação de trem despedindo-se do vagão que leva para uma terra distante nosso sonho ufanista. Nunca a verdade dita esteve tão longe da verdade praticada. Nossa sociedade está se fundamentando em falsos valores, e o que é pior, em falsos amores.Talvez em paixões mal resolvidas e mantidas sob a égide da desculpa permanente. Estamos gradativamente perdendo a capacidade de uma visão analítica e crítica em relação as atitudes tomadas em todas as escalas da política nacional.
Ao observarmos a situação presente, podemos concluir que estamos passando por um processo onde o conceito de Ética, assim como nos tempos modernos, está sofrendo uma significativa alteração. Essa alteração no entanto, não está visando o bem comum, ou o estabelecimento de uma ordem social. Estamos justificando o injusto, evitando ver o óbvio, e isso adquire um impacto mais grave quando vemos e não contestamos. Talvez a conivência seja uma das piores disposições. Ela está lado a lado com a omissão, o que em termos práticos nos torna também responsáveis por toda a anarquia estabelecida nessa orgia política. As bases para a construção da tão sonhada sociedade estão abaladas por ações bombásticas efetivadas por aqueles que estão no poder. Não faço aqui uma contestação personificada das estruturas políticas, mas uma contestação às próprias estruturas. E afirmo que também sou vítima dessa situação cômoda que se estabelece. Esso afirmação poderia deixar meu texto prolixo, mas não o acho. Penso que constatar o momento e a situação é de suma importância, tentar mudá-lo sozinho é de extrema loucura. E aí se forma um vínculo vicioso: Somos coniventes e tiramos proveito e ao tirarmos proveito permanecemos coniventes.
Os próprios guerreiros, outrora arautos da liberdade, hoje estão como soldados vencidos, defendendo uma guerra que há muito deixou de lhes pertencer. Descobrimos quem éramos, e agora pagamos a conta do analista, para esquecer quem somos. Nossa realidade nos culpa e nos julga. Aqueles que ainda defendem ferrenhamente suas ideologias estão tentando na verdade fugir da própria consciência e justificar sua incapacidade de mudar em um segundo o curso da história. Deixamos o ser histórico, e nos tornamos expectadores históricos.
Tomara que esse programa de chanchada termine de uma vez.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

ESSA LOUCURA CHAMADA BRASIL! (se puder por favor repasse)

O Brasil é um país de infinitas peculiaridades. Acredito que qualquer analista político ficaria no mínimo louco ao tentar entender nossas particularidades. O pior de tudo isso, é que historicamente temos uma herança de "coisas" e "jeitos" que apenas funcionavam em nossa terra tupiniquim. Vamos recordar algumas coisas para não sermos prolixos: Até 1822 o Brasil teoricamente era colônia portuguesa, conquistamos nossa independência, mas Portugal, nosso colonizador, nossa metrópole, aquele com quem deveríamos travar as mais duras batalhas pela intenção da liberdade, reconhece nosso grito do Ipiranga! Claro que mediante alguns compromissos econômicos firmados por nossa parte. Que loucura, bem que poderíamos fazer como O Patriota, e lavarmos um pouco a terra com o sangue da luta pela soberania nacional. Veio então o Primeiro Reinado, deveríamos criar uma Constituição para limitar os poderes do Imperador, mas foi o próprio que em 1824 outorgou a carta constitucional. Veio então o Segundo Reinado, os deputados deveriam escolher um representante, para que no sistema parlamentar o Imperador encontrasse um limite, pois bem, demos um jeito, e no nosso parlamentarismo, o próprio governante indicava seu "opositor". Esses são apenas alguns exemplos de nossa louca terra. Sem contar o período republicano onde mais e mais loucuras foram sendo observadas. Mas algumas loucuras dão certo. Como por exemplo a aliança entre PT (Partido teoricamente dos Trabalhadores) e PL (Partido praticamente das elites) que garantiu a dobradinha da vitória em 2002 e reafirmou a mesma em 2006, e talvez será mantida em 2010, 2014, 2020, e por aí vai.
Quando vejo toda essa especulação sobre o terceiro mandato, me recordo de Caio Julius Caesar, membro do Primeiro Triunvirato da República Romana. O mesmo afirmava que não queria ser Rei, mas lhe agradava a especulação a respeito. Tomara que se outra vez se levantar um pretenso rei, possamos tomar a mesma atitude de Brutus e dos outros Senadores, mas que antes gritemos para não manchar as mãos: Hei Júlio César vê se não vai ao Senado, já sabem do seu plano para controlar o Estado.

domingo, 1 de junho de 2008

A ERA TECNOLÓGICA (se puder repasse)

Que era, era aquela onde as bicicletas reinavam e as pessoas andavam?
Que era, era aquela onde os estampidos loucos dos canos loucos se calavam?
Que era, era aquela manchada pelo sangue da inteligência queimada na fogueira?
Sabiam seus juízes que o tempo se fazia crer, e tinham seus avisos da manhã do alvorecer.
Mas hoje se perdem os dias em torno da manhã, e a madrugada toma o lugar daquela pele sã.
Se pudessem ao menos contar como são as conversas ditas intelectuais, ou os passos de nossos ancestrais,
então poderíamos saber que se tudo passa, eu também passarei. Se tudo fica, eu também ficarei, e se a era mudou, eu também mudarei.