domingo, 13 de julho de 2008

13 DE JULHO DIA MUNDIAL DO ROCK (Se puder, repasse)

Hoje (13 de julho) é dia mundial do Rock and Roll. Mas não é o aniversário de nenhum grande nome, ou do estilo propriamente dito que não sabemos mas provavelmente não começou nesta data. É que em 13 de julho de 1985 foi realizado o Festival Live Aid. Simultaneamente, as cidades de Londres (Inglaterra) e Filadélfia (EUA) realizaram o evento. O público estimado ficou em cerca de 170 mil pessoas. Entre muitos artistas, o festival reuniu nomes como Tina Turner, Sting, Mick Jagger, Paul McCartney, U2, Phil Collings, Madonna, Eric Clapton, Elton John e Ozzy Osborne. Todo o dinheiro arrecadado foi destinado às pessoas que passavam fome na Etiópia. A partir desse evento o dia do Rock ficou marcado.
O surgimento do estilo porém nos faz retornar aos anos 50 nos Estados Unidos. Uma fusão de country, R&B, Blues, com uma salpicada de Jazz e Gospel. A juventude pós-guerra queria algo diferente, queria romper com os padrões "antigos" da sociedade. E começou na música um movimento que marcaria para sempre a história mundial. Oficialmente (dentre os vários oficialmente que existem nesse assunto) o grande nome para o surgimento do Rock é Bill Haley e os seus Cometas, com a música Rock around the clock, que foi trilha em 1955 do filme Sementes da Violência. Um ritmo empolgante com letras diferentes numa batida forte, que encontrava resistência nas famílias e comunidades mais conservadoras. Era o que a juventude precisava para extrapolar e deixar suas idéias voarem o mais alto possível. Temos no rol dos responsáveis pelo novo estilo ninguém menos do que o Rei Elvis Aron Presley, aquele que conseguiu quebrar todos os recordes que ele mesmo criara. Já se passaram 30 anos desde a morte deste fenômeno e ele continua batendo marcas colossais, como o número de discos vendidos que hoje ultrapassa 3 bilhões, isso mesmo BILHÕES de cópias. Claro que esse fenômeno está distante do tímido rapaz que em 1954 gravou o single That´s all right mama na gravadora de Sam Phillips. O dono da gravadora sabia que "quando encontrasse um branco com voz e alma de negro ganharia um milhão de dólares". Pois bem, estava descoberto Elvis Presley.
Vários outros nomes da época poderiam ser citados como responsáveis pela difusão e criação do estilo: Jerry Lee Lewis, Roy Orbinson, Johnny Cash, Chuck Berry, Bo Didley, Parker, enfim, uma infinidade de pessoas que estavam na década de 50 construíndo a maior herança cultural que temos, e pode parecer sonho de roqueiro, mas eles sabiam disso!
O termo "Rock'n Roll" foi inventado pelo DJ americano Allan Freed, que organizava festas e tocava músicas negras em seu programa de rádio. Na década de 50, com o final da Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Coréia, havia uma corrente que pregava pelo aproveitamento de cada momento como se fosse o último. Com o anúncio das bombas atômicas lançadas pela União Soviética (1949) e um possível "fim do mundo", a corrente foi ratificada. A revolução de costumes associada ao ritmo empolgante da música tocada por Allan foi fator decisivo para que o estilo roqueiro fosse tachado de delinqüente, além do mais Rock and Roll também era usado como gíria para definir sexo, uma espécie de Rala e Rola.
O Brasil não ficou longe disso também. Em plena década de difusão do Rock, aqui tivemos seus representantes. Era a década do Governo JK, do desenvolvimentismo, e os pensamentos norte-americanos eram abraçados com toda a garra (isso também era um sinal da Guerra Fria). Tivemos dois grandes representantes em nossas terras: Cely Campello com a música Estúpido Cupido e Carlos Gonzada com o sucesso Diana, ambos de Paul Anka e Neil Sedaka.
Após os anos 50 o rock verdadeiro sofreu alterações, algumas o fizeram evoluir, e outras comprometeram sua verdadeira idéia. Mas o fato notório é que hoje após tantos anos, crianças e jovens de todas as idades cantam sucessos de astros de uma época onde esses mesmos jovens nem eram nascidos. Isso é eternidade! É perdurar à guerras, à conflitos e a gerações. This is rock and roll. Long Live Rock and Roll. Que esse ritmo possa embalar futuras gerações, e que seja ele o ritmo tocado quando o mundo acabar.

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