Fiz-me cego para não te amar
Ao perceber que as paredes dessa casa;
Ganharam as formas da parede de um lar
Você me fez, nesse instante, querer ter asas.
Seu corpo nu resplandece como o sol da manhã
Como o espelho cheio de reflexos, no armário;
Eu queria mordê-la como se prova uma maçã
Pena que nesse dia nublado, não perdemos o horário.
Desfile sempre sua pele em escândalo;
Fale dos filmes, enquanto penso em sua forma,
Puxe-me e me faça correr, quando ando.
Torne-me um transgressor, esquecendo minhas normas.
E agora que as gotas quentes me chamam,
Faço destas as palavras de amor, me despeço.
Acalmo as vozes que dentro de mim clamam,
E lembro do seu corpo curvilíneo e convexo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário