
Agradecer o quê? Agradecer as guerras que vocês criaram? Agradecer a segregação que vocês impuseram? Agradecer a ciência? Se não me engano, foi a evolução dessa mesma ciência, que lançou as bases de um movimento chamado Renascimento, tão exaltado em seus valores ocidentais. Esquecemos-nos, porém, que foi esse mesmo movimento, a base para uma das teorias mais horríveis de todos os tempos: O Eurocentrismo, ou etnocentrismo. Sim, um bando de arrogantes com mal hálito, vestidos em trajes de gala, que os tupiniquins teimam em imitar, eles se julgaram superiores do mundo e no mundo. Em virtude disso tentaram trazer para América a “colonização”, julgando serem os portadores da verdadeira civilidade. Agradecemos pelos genocídios em nossas terras. Agradecemos pelos metais roubados, pelas penas queimadas, pelos humanos dilacerados.
Ao mundo, na década de 40, um nome foi dado como algoz: Adolf Hitler, quando ele foi apenas um produto de toda uma carga intelectual, posta e consentida há muitos anos. Ele expressou o pensamento de quase toda uma Europa, desejosa por construir um outro império Romano, mas sem Caracala, apenas com Adriano. E não me venham os sensacionalistas apelarem dizendo que ele praticamente exterminou um povo. Isso não é verdade. Dentro da soma total dos mortos por Hitler se encontram: Ciganos, Negros, Portadores de necessidades especiais, Eslavos, Homossexuais, e todos aqueles que ele não considerava pertencente ao grupo “puro”. Mas podemos continuar acusando e culpando um crime que já completou 60 anos? Então vamos voltar no tempo e acusar a Inglaterra pela segregação racial na África do Sul, vamos voltar mais alguns anos e culpar Portugal e Espanha pelos massacres contínuos em terras americanas, vamos culpar os protestantes que foram em busca da terra da liberdade na América do Norte, e para alcançá-la privaram milhares de nativos de suas propriedades. Nessa volta contínua no tempo, veremos que sempre foi o poder que ditou as atitudes justas ou não. Então, não me venham com falsa filosofia, já que essa representa apenas uma crise moral na qual vivemos.
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