domingo, 4 de janeiro de 2009

ENTREGO-ME

Com seus lances e olhares, fiz relâmpagos e raios,
Afoguei a tempestade nua, nesse corpo infernal.
Não sei se em fevereiro, março, abril ou maio
Eu escolhi a festa, tida como baile de carnaval.

Pedi pelos profetas, que evitaram a companhia,
Perguntei se voltariam ou tentariam aparecer.
Soube que seu suor ardente já pingou gotas frias
Limpando o corpo moribundo antes de morrer.

De um medo descabido, trago a dura sorte,
De ser esquecido, e ficar aberto na planta serena,
Enviado num escândalo que remete a morte,

Dos brados grandiosos de uma alma pequena.
Se faz agora um guardião, arauto de milagres
Que deixa tudo em lembranças e parte para viagem.

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