domingo, 4 de janeiro de 2009

É SÓ O FIM!

No inferno festejam os anjos caídos dos espaços celestiais,
Embriagam-se e se perdem na chama ardente do mal.
Preparam as vítimas na terra, seu prato principal,
E esperam que o perdão na guerra lhes traga a vitória triunfal.

Não amam seus abraços, apenas apertam seu flagelo de dor.
Não guiam seus passos pelas noites infinitas do terror.
Mas a atormentam o espaço infinito da lua, beija-flor
Numa tépida trama de atos, inventados no vazio do amor.

Na solidão da fornalha aberta de um fogo dourado,
Esperam a condenação dada pelo filho abençoado,
Suas pernas já estão flácidas e seus pulmões cansados,
e os olhos lacrimejam pelo fim triste e atordoado.

Não poderia ser diferente desde que assim nasceu,
Lamberam as labaredas eternas de um truque que já foi meu.
E nas esperanças subalternar de um amigo que cresceu,
Aguardam o dia do juízo para entregar o meu presente e o seu.

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