quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

SEM MEDO

Que belo mistério se apresenta com medo do arrependimento,
De caminhos duros, trilhas tortas de pedras certas.
Como a justa causa das palavras que se tornam seu lamento,
Atormentando os meses, os anos, sempre de olhos abertos.

A negativa do instante trouxe uma mágica dúvida sobre o doce,
Transformou-se num acorde leve, da melodia que a própria alma descreve.
Guarde seus segredos, verdadeiros focos que a paixão me trouxe,
Caso queira me matar, demore muito, não seja breve.

Demonstre seus abraços e beijos, verdadeiros caminhos da perdição.
Faça com que seus pés, essas lindas plantas coloridas,
Busquem em minha estrada, livre ou presa, os tons da perfeição,
Saberá então que pode depositar em mim a sua vida.

Não se preocupe com quem você conhece ou vai conhecer,
Escreva seu nome no céu, componha comigo uma lenda
O mundo se resume no único instante, que concordamos viver,
O Passado fica na memória viva de quem relembra.

Encoste seu sorriso em meus planos de vida
Abra seus lábios para que eu possa beijá-la,
Caso não possa me deixe só, alma esquecida,
Feche seus lábios depois, para não correr o risco de amá-la.

Veja o milagre do momento, onde só a mágica desperta,
Faça da sua rua o sentimento, e do seu amor meu ponto fraco.
Seja a água para a boca sedenta, numa rua lotada de alma deserta.
Não seja o medo, fonte das ondas que querem afundar o barco,

Não existem tempestades que possam trazer medo ao mar,
Na imensidão de seus mistérios você se provou infinita,
Nos tambores sonoros das músicas que criamos,
Percebi que não se pede com a boca o que o peito grita,
Nos ventos soltos do amor fiz de você oceano.
E amei você durante o dia inteiro, durante as horas mais bonitas.

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