quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

ISSO É LOUCO!

Finjo que não ligo para seu corpo solitário;
Quando o que eu mais queria era dividir sua dor,
Entregar para o mundo as lágrimas presas num aquário,
Sair em busca daquilo que poderia me dar calor.
Brinco com os jogos que eu mesmo criei,
Disparo balas de borracha contra o peito aberto.
Inutilmente tento respeitar aquilo que figura como lei,
Sem saber se estou agindo errado ou se estou errando certo.
Se descobrisse o preço que se paga pela solidão,
Eu saberia dizer há quantas horas me despedi,
Mas sem rumo certo, errei o caminho e a direção,
Você partiu prevenida e me deixou aqui.
Quisera eu ser dono do paiol da casa real,
Buscar as jóias raras para poder recordar,
Que não se acende o bem com a chama do mal,
Que não se fará verdade aquele que veio para enganar.
Continuo a encenação desse lance certeiro,
Interpretanto um homem livre e seguro,
Quando nessa vida, me fiz apenas seu carteiro,
Para o amor perdido, tenso, cego e surdo.

Um comentário:

Otávio Campos disse...

(aplausos de pé). Você tem noção de quão bom você é nisso? Mas, é arte pela arte ou esses poemas nutrem um sentimento verdadeiro?